segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Uma só, completou.

Era dessa calma que eu precisava.
É esse o tipo de comportamento que faltava para eu me enxergar.
Apesar de não saber exatamente o que é isso, de uma coisa eu sei: era o que eu precisava neste momento. Nada mais, só isso.
E, apesar de tão pesado ser tudo, e digo pesado não no mau sentido, mas no sentido de complexo, profundo, afável eu vejo tudo flutuar, sem muito esforço.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Hoje.

Sofia De Guglielmo Pedroso
18 anos / 3° colegial INDAC
10h57 de manhã do dia 17/09/08
Inverno
Red House Painters / Sun Kil Moon no iPod
Aula (bored) de matemática
Namora Frederico Saade Floeter
Vila Madalena / Pinheiros
12 tatuagens, dois anéis; um em cada dedo do meio, brincos de falsa pérola, colar de lápis lazuri.
Cabelos tingidos de castanho claro, esmalte vinho.
Calça jeans, camiseta listrada, moletom verde, new balance azul.
Quarta feira, frio com sol.
Pernas cruzadas, estojo e celular na mesa.
Na sala: Dinho, Alex, Yuri e Edu.
Na lousa: y-y0 = m(x-x0)
y-3=1/2(x-2)
2(y-3)= -1(x-2)

Dentro, tudo quente.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

O dia em que eu peguei trauma do Jd. Pery Alto e da Av. Pompéia

Evito, de todas as formas ir para o ponto de ônibus onde o Jd. Pery Alto parte, as 18h00. Porém, é inevitável que eu não veja ele fazendo a curva indo para a av. Pompéia.
Evito, de todas as formas passar por perto das redondezas de Perdizes, evito a PUC, evito os bares do bairro, evito olhar pras pessoas que moram lá.
Evito, de todas as formas pensar em ir pra praia, por mais que eu queira. Evito até em fumar maconha, porque o cheiro me lembra você. Até isso eu ando evitando.
Evito pensar no teu cabelo encaracolado, na tua risada, na tua Giannini no teu chinelo marrom, na sua calça surrada de moletom, na sua camiseta branca, na sua cama, no seu cobertor azul cheio de fios de cabelo.

Mas já passou.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Cokk.

- Você acha mesquinhez que eu não insinue sacanagem com você?

- Nao. Acho a preguiça um ato meio mesquinho.

-E se eu fosse um genocida que, momentaneamente, tivesse preguiça de dizimar 10 mil pessoas?

-Você estaria sendo mesquinho ainda sim.

-Realmente, tá disposta a tudo...

-Sempre! Tudo não...porque gosto de manter minha integridade, minha moral, e meus bons costumes.

-Eu gosto de ser enganado feito um rim no mercado negro.

-E por que esta sendo enganado?

-Você se importa tanto com tudo o que disse acima quanto um cinzeiro

-É mentira! Você está sendo injusto...porque quem parece ser indiferente sempre, é você.

-Em alguns lugares que frequento sou chamado de brubru justiça

-Eu nao frequento os mesmo lugares que você...

-Você está desnorteada, precisa de amparo e carícias. conheço quem cobre pouco por tudo isso...

-Não, não preciso nem de amaparo, nem de carícias, e muito menos alguem que se submeta a ser comprado. O senhor está sendo um escroto.

-Nunca será a minha intenção.

-Pois em algum momento, foi.

-Se fui, fui por acidente. você pode me perdoar agora, já?

-Posso. Perdoar sempre é um ato tolo, perdoar algumas vezes é ser sagaz.

-Por que tá tão ouriçada, carrancuda?

-Ora ouriçada, nunca carrancuda....

-Eu não vou supor o óbvio...

-Suponha, as vezes pode parecer ridículo, porém é meio necessário.

- a. briga com o namorado / b. tempo do namorado / c. término com o namorado

- Sim, foi a letra c mas estou bem, muito bem assim

- Nota-se...

-Mas é, acredite ou não.

-Eu acredito, acredite.

-Acredito então.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Cortes, arranhões e mijo de cachorro.




Caminhei até a praça ao lado. O caminho era simples; abrir a porta, apertar um botão, abrir uma enorme porta pesada de vidro, descer alguns lances de escada e abrir outra porta, dessa vez pequena porém também pesada. Engraçado como algumas coisas, de diferentes tamanhos, materiais, tem o mesmo peso. Engraçado....não, isso na verdade não tem graça alguma, é apenas uma óbvia observação.
Que seja, fui até a praça. Que não era nem de vidro, nem enorme, e nem pesada. Era uma praça simples, comum. Digo, comum para os outros. Pra mim não. Eu conheço aquela praça como a palma da minha mão. Assim como as cicatrizes que ela provocou. Sei de onde cada arranhão, corte, tampão do joelho arrancado saíram. Lembro de todos os lugares dessa praça onde eu caí.
Chegando, percebi algo errado. Já sei. Não demorei muito para perceber, haviam cortado sua grama. Nunca cortavam a grama. Sempre deixavam ela enorme, impossibilitando que eu corresse, facilitando meus tombos, arranhões e ralados.
Sentei em um dos seus bancos de concreto. Estavam gelados, úmidos com algumas folhas em cima. Formigas, pequeninas formigas. Diabos, odeio formigas. Formigas são repugnantes. Elas vão até nossos banheiros comer nossa pele morta que cai durante o banho. Enfim, sentada no banco consegui observar algumas coisas que não conseguia tempos atrás. Por exemplo, como o brinquedo que eu costumava escorregar é pequeno. Antigamente ele era enorme, gigantesco, monstruoso, morria de medo de subir e escorregar. Hoje não. É apenas um brinquedo de arquitetura bizarra feito de concreto, todo descascado. Sim, pintavam ele quase todo mês.
Não existem mais crianças na minha rua. Não pintam mais o brinquedo feio. Não deixam mais a grama alta pras crianças caírem. Não tem ninguém pulando corda, ou brincando de esconde-esconde. Hoje em dia só tem bosta de cachorro por todo lado, poças e mais poças de mijo, e alguns donos com seus cães emporcalhando mais ainda a praça.
Depois de alguns minutos sentadas comecei a ficar inqueita. Eu tinha algo pra fazer mas não conseguia lembrar. Pois bem, lembrei após uns segundos.
Precisava buscar meus cachorros para mijarem.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

É breve e no metrô.

Irritada, entrei na plataforma. Fui direto na parte onde estão os bancos para eu sentar e esperar. Antes de sentar passei pela sua frente, senti que ele me seguiu com o olhar, não liguei muito, apenas sentei, abri a mochila e tirei meu livro. Em menos de dois minutos o trem chegou.
Eu poderia ter entrado na porta que estava mais perto, mas fiz questão de entrar pela mesma porta que ele entrou.
Ele estava sentado de frente para as janelas e eu de lado. Não estávamos perto. Não estávamos longe, apenas alguns passos de distância. Não havia ninguém no vagão além de nós, eram cerca de 20h30 da noite do último domingo do mês de junho.
Nos olhamos, mas o olhar durou mais do que um comum olhar. Alguns segundos a mais fazem a diferença. Foi um olhar diferente. Voltei e tentei, tentei muito me concentrar no livro. Eu virava meus olhos pra cima, e lá estava ele, me engolindo com aquele olhar. Voltava para a minha leitura, para o que Arturo Bandini tinha a me dizer, mas não consegui. Traí Arturo Bandini, preferi me concentrar neste jogo de olhares do que as palavras tumultuadas de Bandini. Ele então deu um sorriso, um sorriso que me deixou nervosa. Minha mão começou a suar, minhas costas. Senti as gotinhas, as pequenas gotas quentes escorrendo pela minha espinha. Estávamos na estação Clínicas, sabia que em breve ele iria embora e não consegui fazer nada para impedir isso. O que eu, eu poderia fazer?
Continuei fingindo que Arturo Bandini e Camila Lopez e toda aquela história, eram mais interessantes do que aquilo tudo. Continuávamos a nos olhar, meus olhos encontravam os deles e ficavam se encarando cerca de segundos, segundos que bastavam para a gente se entender. Para entender o que o outro queria. E nada, eu não poderia fazer nada, parecia que aquele livro, de algumas gramas tinha o peso do mundo fazendo com que eu ficasse parada, imóvel, sem conseguir mecher uma perna, um dedo, as únicas coisas que se moviam eram os meus olhos, e meus lábios projetando um sorriso desesperador, implorando por algum nome, telefone, voz.
Chegou então na Consolação, eu tinha certeza que ele iria embora. Senti um desespero, uma vontade de sair correndo e impedir a saída dele. Gostaria naquele momento, com todas as minhas forças que o metrô quebrasse. Que as portas entrassem em conflito, que as luzes apagassem, que o caos fosse gerado. Mas nada disso aconteceu e as portas abriram, ele passou na minha frente me olhando, foi aí que consegui enxergar sua camiseta. Morte Asceta. Me deu um alívio, não seria díficil achá-lo. Então o que eu menos queria, aconteceu. Ele saiu. Saiu e deixou aquele vagão mais solitário do que nunca. Seu sorriso não estava mais lá, nem seu olhar, nem o seu tênis desamarrado, seu assento estava sozinho. E eu também.
Enquanto saía, meus olhos grudaram nele. Segui, até ele subir as escadas rolantes. E então a gente se olhou pela útlima vez e ele fez com as mãos aquele gesto "e agora?" e as portas fecharam.
Não existia mais irritação, a briga que acontecera antes de eu embarcar no metrô já era inútil. A única sensação que habitava aquele vagão marrom era o desespero para encontrá-lo em breve. Era o medo do esquecimento.
Quando cheguei no Trianon-MASP tive vontade de saltar e voltar para a Consolação afim de encontrá-lo. Pensei em mil lugares em que ele poderia estar. Mas de tudo, seria inútil. Eu não iria fazer nada.
Não existia mais Arturo Bandini que fizesse com que eu esquecesse essa história toda. Não adiantava, Bandini, você não conseguiu fazer com que eu achasse isso tudo ridículo.
As pessoas começaram a lotar aquele vagão, um sujeito gordo e asqueroso sentou onde o meu amor breve estava sentado. Senti raiva, queria expulsar todo mundo daquele vagão, fazer daquele assento um altar.
Ele já estava longe de mim, eu estava quase no meu destino. A viagem foi a mais rápida de todas.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Travesseiro de ventos.

Queria que você caísse nos meus braços agora, a toda hora.
Que você deitasse a sua cabeça nas minhas coxas inquietas
Que pousasse a sua mão sobre a minha
E que assim ficasse, por horas e horas.....

terça-feira, 17 de junho de 2008

E aos prantos fiquei, ao ler as linhas que corriam aos meus olhos,
E aos prantos fiquei, ao saber que eu não pertencia aquelas linhas, aquelas palavras
E aos prantos fiquei, ao saber que não temos nossa música
Ao saber que não temos uma história, ao saber que nem ódio tens de mim.
Certo dia você disse que o sentimento mais humano é o ódio.
Me sinto uma tola aqui, escrevendo sobre você, sabendo que o mesmo não é feito.
Suor, lágrimas, catarro. Tudo junto, tudo merda.
Ela avançou cinco casas, ele continua andando, e ela avançando, sempre à frente dele.
Durante o percurso ela tentou parar, dar tempo à ele de chegar, mas não conseguiu, não conseguiu segurar sua vontade...
E lá está ela, à frente dele, segurando suas vontades para não tropeçar.
E quem disse que o amor não é um jogo?

Estático, faz frio.

"Ela que me faz perder, não posso mais correr esse risco, na linha que pra mim é tão distante, mas logo percebo que não, passa passa passa passará, seus anos nunca vão voltar, nao quero me, arrepender se já não é tarde demais
A seco, acertos, descontos meus erros, distante meus olhos crescem ao te ver, a pressa me atrasa, preciso correr..."
Eu não faço parte das tuas canções, tão pouco dos teus livros, histórias, diálogos, prosas.
De concreto só o que você me deixou; algumas cartas, alguns bilhetes, dois livros.
Não me importo mais como você está, na realidade, quero que você suma. Juro que não me importo, é indiferente.
Agora, agora tanto faz. Já fui. Caminhei sem você ao meu lado, mesmo quando estávamos juntos, caminhei sem você. E acredite, é bem melhor.
Pois então, não demore e tire logo daqui o que restou, o pó.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Sobre palavras que não são ditas e goles que são dados.


Certa vez tive vontade de escrever pra você, mas as palavras não fluíam. Sabe como é, palavras bem escritas tem que escorrer pelos dedos. Quando isso acontece, quando as palavras pulam da cabeça para as mãos, dedos, teclado e tela a felicidade é imensa.
Como disse, tive vontade de te escrever mas aquele dia as palavras não vieram meu querido, ficaram escondidas, estavam com medo. Diabos, que raiva que isso dá! a sensação está ali, a vontade, o desejo, mas as palavras simplesmente fojem como raposas amedrontadas. Não sei porquê, afinal o que eu tinha vontade de escrever era tão simples.
Meu bem, minha vontade aumenta, meu desejo, minha voracidade, meu instinto de possuí-lo cada vez que você arranca pedaços de mim com os seus grandes olhos castanhos.
Quando apertamos o passo juntos, consigo sentir a sutileza dos seus braços envoltos em minha cintura, fazendo com que eu me sinta segura, o mesmo acontece quando sinto você em cima de mim, pressionando meus órgãos com seu corpo, minhas partes.
Mais alguns goles para este texto ficar imundo, do jeito que eu gosto. Por hoje, fico aqui.
É como se ele fosse uma dose de endorfina injetada na veia.

terça-feira, 27 de maio de 2008


" Sei que não devo
Querer você tanto assim
Pois esse desejo
É proibido para mim
Mas foi aquele beijo
Sem querer
Que você me deu
Que o meu amor por você nasceu"

terça-feira, 20 de maio de 2008

Vai, descansa.
Coloca a mão em nome da razão.
De longe, eu posso sentir.
Vai, descansa.
Coloca a mão na frente do coração.

domingo, 18 de maio de 2008

Não tem como saber, é parecido e distante. Às vezes você acha que está tendo alguma certeza sobre algo, mas é confundida com um turbilhão de pensamentos. São choques.
Por alguns momentos seu desejo é apagar a luz. Poder não enxergar nada de vez em quando é um presente sem valor. E no escuro é possível olhar muito além.

sábado, 10 de maio de 2008


A minha teimosia é uma arma pra te conquistar
Eu vou vencer pelo cansaço
Até você gostar de mim,

(...)

Mostra-me teu rosto
Fazei-me ouvir a tua voz
Põe estrelas em meus olhos
Músicas em meus ouvidos
Põe alegria em meu corpo
Junto com amor de você

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Não sei, não faz muito sentido.
Não to acostumada não.

quarta-feira, 7 de maio de 2008


A cantar, na maré que vai
E na maré que vem
Do fim, mais do fim, do mar
Bem mais além
Bem mais além do que o fim do mar
Bem mais além

terça-feira, 6 de maio de 2008

Quando eu crescer, quero ser que nem você Nigella!

segunda-feira, 5 de maio de 2008


O mesmo vento que aqui assopra,
vai um dia soprar o teu.

domingo, 4 de maio de 2008

Let's get lost.

sábado, 3 de maio de 2008



What a mad delusion
Living in that confusion
Frustration and doubt
Can you ever live without the game

---
Semelhante não é? toc toc coração

terça-feira, 29 de abril de 2008


É pra lá que eu vou. Contra o fluxo, contra a maré.
Pra lá, para um lugar onde eu não precise pensar, nem sequer em como te falar o que eu sinto.
Um lugar onde as imagens estão em movimento, e as palavras escritas. Um lugar que eu não precise falar pra se fazer entendida, porque de tanto pensar, minha cabeça parou.

domingo, 27 de abril de 2008

Não deixarei mais óbvio, não senhor.
Gostaria de poder falar todo esse alfabeto que está aqui dentro, mas não vou falar, não senhor.
Não sei se o que eu vejo é o que realmente acontece, ou se é minha cabeça confusa mostrando mentiras.
Não deixarei mais óbvio, não senhor.
Farei isso pra não ajoelhar mais do que o necessário, assim, eu não me machuco tanto.
Talvez.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Tem vontade própria, parece. Uma vontade que paira, percebe.
É um personagem, já sei. Carismático, expressivo, atordoado.
Cada dia conheço um dos teus, espero um dia conhecer todos.
Me prende sem pudor, me tira o ar, faz lágrimas pularem dos meus olhos. Preenche todos os espaços da minha boca, sem medo. É constante, intenso. Cada vez que me olha, me encara. Olha fundo, bem no fundo.
Um toque de sonhar,
Te leva a qualquer lugar.
De flauta, remo ou moinho
Nunca ficará sozinho.

Quando o corpo está à mil, a cabeça à dois mil, e o coração à três mil a gente faz de conta que o resto é só o resto, que os outros são só os outros, e que detalhes são só detalhes.
Por dentro eu fervo, por fora eu transbordo.

Quero andar na rua agora. Tirar as meias, abrir a porta, descer as escadas e caminhar na rua. Quero sentir o asfalto úmido e gelado, quero machucar o pé numa pedra, quero sentir os pêlos do braço arrepiados de frio, quero sentir medo, vontade de voltar pra casa. Quero olhar as luzes dos carros crescendo, a fumaça, o vapor quente no asfalto úmido e gélido. Quero sentar na calçada, fechar os olhos, sentir o vento na nuca, a bunda ficando molhada e fria. Quero te telefonar e dizer que te adoro. Quero enfiar o pé numa poça de água, sair chutando pedrinha, agradar um cachorro sujo, quero te dar um abraço.
Eu posso esperar nada, como eu posso esperar tudo.
Queria ouvir isso, mas sei que não é tempo nem momento. Eu posso esperar.
Tenho tempo, muito tempo, tenho medo e muito medo. Medo e tempo. Posso esperar nada.
Faz meu estômago virar do avesso, meu sono se interromper, meu peito apertar, meus dedos juntarem, meu pé bater, e meu pensamento voar.
Nessa que vai e não vai, eu paro, penso e digo, digo pra mim mesma "muito bem, que maravilha, é isso mesmo, parabéns sua desgraçada"
E eu mereço.
Clap clap clap.

domingo, 20 de abril de 2008

Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.


Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos tendo pés, não me alcancem; tendo mãos, não me peguem; tendo olhos não me vejam e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Não é de hoje, mas preciso me concentrar mais. Deixar certos assuntos de lado e me focar no que eu realmente quero.
É tão, tão, tão díficil.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Stay

Let's find a place
A happy place
We can find...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Meu, nosso.

Eu gostaria de poder tocar pensamentos só para poder tocá-lo agora.
Eu gostaria de me perder no tempo, e só voltar quando trouxer você junto.
Gostaria de mergulhar no meu lençol e encontrar o que restou da última noite.
Gostaria de me afundar em teus braços e esquecer de tudo.
Gostaria de desfragmentar você em milhões de pedaços; em pó, quem sabe só para poder carregá-lo junto à mim.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A mesma de sempre, porém diferente.

Já andei nesta rua milhares de vezes, e essa por sua vez, já foi mais minha.
Já tropecei na mesma pedra inúmeras vezes, mas eu me acostumo, porque eu sou terra, e por isso, a queda é menos dolorida. Do chão? Do chão eu nao passo, só afundo.
Eu já pulei e pularei quantas vezes for preciso, afinal, o medo, o medo é a pedra.

Mmmmmm, he is totally awesome.

É sobre isso.



Ver-te novamente. Quero seu calor, quero seu corpo predominando sobre o meu durante todo o dia, sem interrupções. Quero ser tua, só tua. Seu nome, prepotente, soa bem. É bonito, agradável. A língua passeia com suprema facilidade e felicidade pela boca, ao pronunciá-lo, sem dificuldades.
Me jogar, atirar, estirar nos teus tão receptivos braços - na minha mente, imortalizados.
Teu olhar me faz sentir impotente. Faz meu sangue circular, rapidamente - fonte da minha fugacidade

domingo, 6 de abril de 2008

O que não deixa, aparece.

Surge do nada, do completo nada com seu jeito de ser, suas manias e gestos. Me conforta, me conforta com um simples toque num copo engordurado de cerveja ou com seu singelo silêncio. Me faz carinho, me dá carinho, me deixa serena, me afundar em meu próprio oceano.
Fica aqui, aqui do meu lado. Me dá um abraço, me beija. Desatina todos os meus sentimentos nesse mar gelado. Me deixa confusa, com um turbilhão de fractais de pensamentos rodeando minha vil mente. Me deixa feliz, feliz assim, envolta nos teus seguros braços.

Fim do dia,da semana, do mês, do ano.

É a segunda bituca que apago neste cinzeiro de lata.
Estou encostada neste velho e imundo bar, que mais parece uma taverna, com casais deprimentes a se suportar e velhos punheteiros a se olhar. Nem ligo, encho o corpo marcando-o com minha boca. Dou um gole naquela bebida barata, aguada do gelo que derretera. Rabisco alguns guardanapos afim de desviar minha atenção. Estou inquieta, minha coxa bate frenéticamente na mesa. O garçom magro, pálido, asqueroso, fala alguma coisa da qual nao entendo. E nem procuro entender. Vou ao banheiro. O cheiro de merda invade o pulmão. Abaixo a cabeça após ler alguma coisa relacionada a xoxota e pau rabiscados na parede. Derrapo suavemente numa poça de mijo e saio cambaleando até minha mesa solitária. Desejo estar em minha cama, mas me sinto imunda demais para sujar o lençol. Mais um gole dessa merda e me mando para qualquer lugar menos este velho e imundo bar.

sábado, 5 de abril de 2008

Marry the sea...

In the tall grass upon the dune
He rests his head on you
It's warm wind and a faded sky
You watch him drifting far away
Dreaming, drowning
Did you marry a man who married the sea?
He looks right through you to the distant grey - calling, calling

Try to build a wall of sand
It flows like water through your hand
Did you marry a man who married the sea?
He looks right through you to the distant grey - calling, calling

---

Minha cachorra se chama Marry por causa desta música do New Model Army.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

É teu, só teu.

Cativa aos outros tanto quando à mim, eu sei. É inexplicável, porém a sexualidade que sugere. Fome de te amar, incontrolável.
A tua presença paralisa meu momento..
A tua presença desintegra e atualiza a minha presença.
A tua presença envolve meu troco, pernas, braços...

I fall in love too easily

I fall in love too easily
I fall in love too fast
I fall in love too terribly hard
For love to ever last
My heart should be well-schooled
'Cause I been fooled in the past
But still I fall in love too easily
I fall in love too fast


...é a mais pura realidade.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Venha dormir em casa...

"Venha dormir em casa
Venha dormir em casa
Que eu te dou meus sonhos

Venha dormir em casa
Venha dormir em casa
Que eu te dou meu amor

Saberás, sentirás
Quando veres meus olhos"

Que belo convite singelo....

terça-feira, 1 de abril de 2008

Born too late.


I know I don't belong
And there's nothing I can do
I was born too late
And I'll never be like you

Saint Vitus Cathedral

segunda-feira, 31 de março de 2008


Não te dizer o que eu penso, já é pensar em dizer.

Primeiro ato

E antes mesmo de eu dar o primeiro salto, eu borbulhava por dentro.
Sem querer, sem eu ver, eu pulei.
E agora, agora tanto faz, já desci sem medo.

domingo, 30 de março de 2008

Ter certeza.

Eu não me importo com o tempo, me importo com o que está por vir.

Happiness, come back, i say.
'cause if you don't come, i've got to go
Lookin' for happiness.
Well, if you don't come, i've got to go
Lookin', lord, for happiness, happpiness.

sexta-feira, 28 de março de 2008

All I need is...

Panela, cannabis, suor, unha na carne e cerveja.

quinta-feira, 27 de março de 2008



Fiz esta montagem no ano passado, para a foto-novela do Nazicookye.

Mó artista.

Paper boats.

- What's wrong?
- Nothing
- Are you sure nothings wrong?
-Yeah
-But you're sad about something...
-Yeah
-So tell me what
-I don't know....i can't tell you

segunda-feira, 24 de março de 2008

Vapor

Venha depressa,
Se afogue,
Se afobe,
Sem medo,
Coloque,
Desloque,
O ritmo é o mesmo
Um mesmo compasso
Respira.
A mão desliza, toca.
Não para
Não cansa.

À meia-luz

Ande logo com isso,
Não deixe pra depois
O que eu espero é o que
Você menos quer ouvir.

Quanto tempo passou
Desde a última vez
Em que você colocou
A sua mão na minha
E disse o que eu menos
Gostaria de ouvir

Quanto tempo passou
Desde a última vez
Em que você optou
Pelo silêncio
Pelo desgosto
Pela apatia

Não mais quero entrar
No que você chama
De "meu"
Nem imaginar
O "nosso"

De todas as vezes
Essa foi a pior.