terça-feira, 29 de abril de 2008


É pra lá que eu vou. Contra o fluxo, contra a maré.
Pra lá, para um lugar onde eu não precise pensar, nem sequer em como te falar o que eu sinto.
Um lugar onde as imagens estão em movimento, e as palavras escritas. Um lugar que eu não precise falar pra se fazer entendida, porque de tanto pensar, minha cabeça parou.

domingo, 27 de abril de 2008

Não deixarei mais óbvio, não senhor.
Gostaria de poder falar todo esse alfabeto que está aqui dentro, mas não vou falar, não senhor.
Não sei se o que eu vejo é o que realmente acontece, ou se é minha cabeça confusa mostrando mentiras.
Não deixarei mais óbvio, não senhor.
Farei isso pra não ajoelhar mais do que o necessário, assim, eu não me machuco tanto.
Talvez.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Tem vontade própria, parece. Uma vontade que paira, percebe.
É um personagem, já sei. Carismático, expressivo, atordoado.
Cada dia conheço um dos teus, espero um dia conhecer todos.
Me prende sem pudor, me tira o ar, faz lágrimas pularem dos meus olhos. Preenche todos os espaços da minha boca, sem medo. É constante, intenso. Cada vez que me olha, me encara. Olha fundo, bem no fundo.
Um toque de sonhar,
Te leva a qualquer lugar.
De flauta, remo ou moinho
Nunca ficará sozinho.

Quando o corpo está à mil, a cabeça à dois mil, e o coração à três mil a gente faz de conta que o resto é só o resto, que os outros são só os outros, e que detalhes são só detalhes.
Por dentro eu fervo, por fora eu transbordo.

Quero andar na rua agora. Tirar as meias, abrir a porta, descer as escadas e caminhar na rua. Quero sentir o asfalto úmido e gelado, quero machucar o pé numa pedra, quero sentir os pêlos do braço arrepiados de frio, quero sentir medo, vontade de voltar pra casa. Quero olhar as luzes dos carros crescendo, a fumaça, o vapor quente no asfalto úmido e gélido. Quero sentar na calçada, fechar os olhos, sentir o vento na nuca, a bunda ficando molhada e fria. Quero te telefonar e dizer que te adoro. Quero enfiar o pé numa poça de água, sair chutando pedrinha, agradar um cachorro sujo, quero te dar um abraço.
Eu posso esperar nada, como eu posso esperar tudo.
Queria ouvir isso, mas sei que não é tempo nem momento. Eu posso esperar.
Tenho tempo, muito tempo, tenho medo e muito medo. Medo e tempo. Posso esperar nada.
Faz meu estômago virar do avesso, meu sono se interromper, meu peito apertar, meus dedos juntarem, meu pé bater, e meu pensamento voar.
Nessa que vai e não vai, eu paro, penso e digo, digo pra mim mesma "muito bem, que maravilha, é isso mesmo, parabéns sua desgraçada"
E eu mereço.
Clap clap clap.

domingo, 20 de abril de 2008

Cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.


Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos tendo pés, não me alcancem; tendo mãos, não me peguem; tendo olhos não me vejam e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Não é de hoje, mas preciso me concentrar mais. Deixar certos assuntos de lado e me focar no que eu realmente quero.
É tão, tão, tão díficil.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Stay

Let's find a place
A happy place
We can find...

terça-feira, 8 de abril de 2008

Meu, nosso.

Eu gostaria de poder tocar pensamentos só para poder tocá-lo agora.
Eu gostaria de me perder no tempo, e só voltar quando trouxer você junto.
Gostaria de mergulhar no meu lençol e encontrar o que restou da última noite.
Gostaria de me afundar em teus braços e esquecer de tudo.
Gostaria de desfragmentar você em milhões de pedaços; em pó, quem sabe só para poder carregá-lo junto à mim.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

A mesma de sempre, porém diferente.

Já andei nesta rua milhares de vezes, e essa por sua vez, já foi mais minha.
Já tropecei na mesma pedra inúmeras vezes, mas eu me acostumo, porque eu sou terra, e por isso, a queda é menos dolorida. Do chão? Do chão eu nao passo, só afundo.
Eu já pulei e pularei quantas vezes for preciso, afinal, o medo, o medo é a pedra.

Mmmmmm, he is totally awesome.

É sobre isso.



Ver-te novamente. Quero seu calor, quero seu corpo predominando sobre o meu durante todo o dia, sem interrupções. Quero ser tua, só tua. Seu nome, prepotente, soa bem. É bonito, agradável. A língua passeia com suprema facilidade e felicidade pela boca, ao pronunciá-lo, sem dificuldades.
Me jogar, atirar, estirar nos teus tão receptivos braços - na minha mente, imortalizados.
Teu olhar me faz sentir impotente. Faz meu sangue circular, rapidamente - fonte da minha fugacidade

domingo, 6 de abril de 2008

O que não deixa, aparece.

Surge do nada, do completo nada com seu jeito de ser, suas manias e gestos. Me conforta, me conforta com um simples toque num copo engordurado de cerveja ou com seu singelo silêncio. Me faz carinho, me dá carinho, me deixa serena, me afundar em meu próprio oceano.
Fica aqui, aqui do meu lado. Me dá um abraço, me beija. Desatina todos os meus sentimentos nesse mar gelado. Me deixa confusa, com um turbilhão de fractais de pensamentos rodeando minha vil mente. Me deixa feliz, feliz assim, envolta nos teus seguros braços.

Fim do dia,da semana, do mês, do ano.

É a segunda bituca que apago neste cinzeiro de lata.
Estou encostada neste velho e imundo bar, que mais parece uma taverna, com casais deprimentes a se suportar e velhos punheteiros a se olhar. Nem ligo, encho o corpo marcando-o com minha boca. Dou um gole naquela bebida barata, aguada do gelo que derretera. Rabisco alguns guardanapos afim de desviar minha atenção. Estou inquieta, minha coxa bate frenéticamente na mesa. O garçom magro, pálido, asqueroso, fala alguma coisa da qual nao entendo. E nem procuro entender. Vou ao banheiro. O cheiro de merda invade o pulmão. Abaixo a cabeça após ler alguma coisa relacionada a xoxota e pau rabiscados na parede. Derrapo suavemente numa poça de mijo e saio cambaleando até minha mesa solitária. Desejo estar em minha cama, mas me sinto imunda demais para sujar o lençol. Mais um gole dessa merda e me mando para qualquer lugar menos este velho e imundo bar.

sábado, 5 de abril de 2008

Marry the sea...

In the tall grass upon the dune
He rests his head on you
It's warm wind and a faded sky
You watch him drifting far away
Dreaming, drowning
Did you marry a man who married the sea?
He looks right through you to the distant grey - calling, calling

Try to build a wall of sand
It flows like water through your hand
Did you marry a man who married the sea?
He looks right through you to the distant grey - calling, calling

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Minha cachorra se chama Marry por causa desta música do New Model Army.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

É teu, só teu.

Cativa aos outros tanto quando à mim, eu sei. É inexplicável, porém a sexualidade que sugere. Fome de te amar, incontrolável.
A tua presença paralisa meu momento..
A tua presença desintegra e atualiza a minha presença.
A tua presença envolve meu troco, pernas, braços...

I fall in love too easily

I fall in love too easily
I fall in love too fast
I fall in love too terribly hard
For love to ever last
My heart should be well-schooled
'Cause I been fooled in the past
But still I fall in love too easily
I fall in love too fast


...é a mais pura realidade.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Venha dormir em casa...

"Venha dormir em casa
Venha dormir em casa
Que eu te dou meus sonhos

Venha dormir em casa
Venha dormir em casa
Que eu te dou meu amor

Saberás, sentirás
Quando veres meus olhos"

Que belo convite singelo....

terça-feira, 1 de abril de 2008

Born too late.


I know I don't belong
And there's nothing I can do
I was born too late
And I'll never be like you

Saint Vitus Cathedral