domingo, 6 de abril de 2008

Fim do dia,da semana, do mês, do ano.

É a segunda bituca que apago neste cinzeiro de lata.
Estou encostada neste velho e imundo bar, que mais parece uma taverna, com casais deprimentes a se suportar e velhos punheteiros a se olhar. Nem ligo, encho o corpo marcando-o com minha boca. Dou um gole naquela bebida barata, aguada do gelo que derretera. Rabisco alguns guardanapos afim de desviar minha atenção. Estou inquieta, minha coxa bate frenéticamente na mesa. O garçom magro, pálido, asqueroso, fala alguma coisa da qual nao entendo. E nem procuro entender. Vou ao banheiro. O cheiro de merda invade o pulmão. Abaixo a cabeça após ler alguma coisa relacionada a xoxota e pau rabiscados na parede. Derrapo suavemente numa poça de mijo e saio cambaleando até minha mesa solitária. Desejo estar em minha cama, mas me sinto imunda demais para sujar o lençol. Mais um gole dessa merda e me mando para qualquer lugar menos este velho e imundo bar.